sábado, 14 de abril de 2012

Término do curso de integração

Salut, bonjour, olá :)

É...eu falei que voltaria para falar sobre o final do curso de integração, não falei? Alguns dias em atraso...e aqui estou eu.

Acabamos o temido F-94, que é o último estágio em medicina-cirurgia para quem faz somente o tronco comun do curso de integração. Quem precisa de adaptações em geriatria e psiquiatria, ainda continuam ralando.

Graças a Deus, o F-94 foi muito melhor e mais tranquilo que o F-93, simplesmente pelo fato de termos ótimos supervisores de estágio, porque a supervisora do F-93 ninguém merece!!! Ô sorcière!!!!! Pronto!!! Desabafei :)

Esses dois módulos realmente são os mais puxados. Mistura muita teoria com estágio (8 horas diárias de estágio). O chato é que durante o estágio você tem muitos trabalhos a fazer (trabalhos do próprio estágio), aulas téoricas e provas. Acaba misturando um poucos as coisas. Acho que seria bem melhor se teoria e provas fossem dadas TODAS no começo do módulo, e o estágio deixado para o final do módulo. Simples e fácil.

O hospital que eu estagiei foi o hospital Charles LeMoyne, que fica na região da Montérégie, na cidade de Longueuil, bem pertinho de Montréal. É um hospital universitário, afiliado da Université de Sherbrooke. Gostei muito de lá, "souf" (exceto), rsrs, algumas víborazinhas, rsrs, que encontramos...mas...isso tem em todo lugar, em todas as profissões. Particularmente, não tive nehum problema com esses seres. Mas, algumas colegas tiveram pequenos probleminhas com algumas enfermeiras, tipo "marcação", pegar no pé, etc. Mas, elas superaram bem e passaram no estágio. Menciono isso aqui porque nem tudo é perfeito. Esse tipo de mal entendido acontece mais frequente do que a gente pensa. Temos que ter a humildade de analisar a situação, corrigir os erros..e...bola pra frente. E sempre pensar que quem está precisando "réussir"o curso, somos nós, imigrantes. Não adianta nada fechar a cara, discutir com enfermeiras do hospital, com o professor, etc. A NÃO SER... que você esteja coberto de razão e tenha argumentos que provem que você está certo. Mas, é assim em todo lugar, não é mesmo? :) O que eu e outras colegas de curso percebemos é que tem gente que tem dificuldades em aceitar críticas. Assim fica difíiiiiiiiicil...se tem uma coisa que os profs québécoises adoram é que você reconheça que você errou e que você saiba aceitar críticas. Isso mostra que você está aberto para novos conhecimentos.

Boooom, voltando ao curso :)

No F-93, cada aluno ficou com um paciente. Moleza, né? KKK Nada!!! Você chega, pega as informações de seu paciente, recebe o plantão e começa a trabalhar. E ainda faz pesquisas enquanto você trabalha. Se seu paciente tiver fazendo uso de 15 ou 20 medicações, você tem que pesquisar todas antes de mostrá-las ao seu prof. Saber os seguintes itens: classe, modo de ação, efeitos terapêuticos, reações adversas, o que você tem que avaliar em seu paciente antes de dar o medicamento e o que você deve observar depois.

Mas, depois dos 3 primeiros dias você você pega o ritmo. Normalmente, para cada pergunta que você fizer a seu prof, vai significar: pesquisa. A maioria vai dizer: vai pesquisar. Alguns profs mais "humanos" até respondem algumas perguntas. Depende de cada professor.

O F-94 segue no mesmo ritmo. A diferença é que você fica agora, com 2 pacientes. Mas dá tempo de trabalhar bem, fazer tudo o que você precisa fazer. Às vezes atrasa um pouquinho os procedimentos, mas é porque o prof precisa ver tudo que os alunos fazem, checar os medicamentos, acompanhar nos procedimentos, etc.

Opinião pessoal: gostei muito do curso, acho que realmente as enfermeiras formadas em outros paises precisam mesmo passar por ele. A prática da enfermagem realmente é direferente, é o tipo québécois de exercer a nossa profissão e a gente tem que se adaptar mesmo. O curso faz uma ótima revisão do que eles julgam mais importante aqui. Isso só ajuda e dá confiança pra gente entrar no mercado de trabalho. É um curso realmente bem exigente. E válido. Quem lê meus posts sabe que a ordem das enfermeiras daqui me deu a opção de escolher entre o estágio de 30 dias num hospital e o curso de integração. Tentei o estágio e não deu certo por causa do nível de francês. Desisti e resolvi fazer o curso. E recomendo.
Agora vem uma nova etapa: procurar emprego :)

Beijos. Lucinei

10 comentários:

Marciorama disse...

Parabéns pela conclusão do curso de integração.
Conheci teu blog hoje e estou gostando muito.
Gostaria de saber se aí, você pode perceber se eles tem preconceito com enfermeiros homens. Aqui no Brasil eu percebo um pouco isto.
Abraço.

Tania Vianna disse...

Gostei muito do post. Realmente deve ser super mega difícil este curso.... Aja coragem pra encarar.
Parabéns...

Lucinei disse...

Tânia, te juro que o que torna o curso difícil é a lingua. Muita coisa a gente já estudou. Claro, patologia e fisiologia é igual em todo o mundo. A diferença é: estudar em outra língua muita, mas muita matéria em um tempo mínimo. No meu ponto de vista, é isso que torna o curso difícil :) mas não impossível :)

Bjs

Lucinei disse...

Marciorama,

aqui a comunidade em geral é bem aberta e a tolerância é ZERO para qualquer tipo de preconceito. Preconceito "bobo" tipo, "enfermeiro homem" acho meio difícil de rolar. Se rolar é meio escondidinho, porque aqui, preconceito é caso sério de polícia.

Mas, já sabe né, onde tem ser humano...ô bicho didícil esse, rsrs


Tem uma pesquisa que mostra que aqui no Québec é onde tem a maior proporção de enfermeiros se comparado com o nr de enfermeiras, (pesquisa feita com todos os outros países). Tentei achar a fonte p/ te mandar, mas não achei. Desolé!

Abraços e boa sorte.

la vie est belle dans la belle province disse...

a OIIQ nao me deu a opçao de fazer apenas estagio (**na minha época** essa opçao nao era acessivel às brasileiras)
bem esquema foi um pouco diferente do seu (Cegep du Vieux Montreal) =
todo bloco teorico antes
estagios depois (fiz nas unidades de cirurgia geral gastro e na clinica pré transplante hepatico, no St-Luc)
tinhamos 1 ou 2 pacientes e se os casos fossem simples, a professora deixava com 3 pacientes
realmente antes de cada medicaçao deviamos mostrar os referenciais, e nao época eu usei um aplicativo pra IPod que minha prof aceitou. Era o maior sucesso, bem mais facil do que procurar no CPS!
e os trabalhos eram chatinhos mesmo, no fim do estagio tivemos que apresentar um grande trabalho (40 paginas) de um caso clinico. O meu era uma cirrosis ROC pré transplante.
a fase do curso é bacana, aproveite. Logo voce sera CEPI e dai é so se preparar pro exame da OIIQ.
Bonne chance

Marciorama disse...

Obrigado pelas respostas Lucinei. Conheci o teu blog ontem e tenho lido quase tudo. Já está nos meus favoritos.
Li que o teu marido prestou concurso público aí no Canadá, você sabe me dizer onde posso encontrar as informações sobre concursos aí no Quebec?
Felicidades a você e a tua família.

Lucinei disse...

Então...

Já sou CEPI :)) (agora procurando emprego)

Realmente a fase do curso é muito boa, aprendi bastante e fiz amigos maravilhosos. Além de conhecer um pouquinho de culturas diferentes :)

Abraços
Lucinei

Lucinei disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Lucinei disse...

Marciorama, sobre concursos públicos, vou t encaminhar um site. É só se cadastrar para receber as ofertas de concurso em seu e-mail.

http://www.carrieres.gouv.qc.ca/

Abraços
Lucinei

Anônimo disse...

Oi Lucineii !!
Tudo bom:::
Voce poderia me passar seu email por favor.. agredeco desde ja, segue o meu caso nao queira postar aqui
pauladanyelab@yahoo.com.br
vlwwwwwww